Haiti/A Esperança
É uma sorte – ó morte.
Não peço por mim,
Mas plas crianças,
Mulheres e homens,
Que, às tuas mãos naufragaram.
Que carnificina!
O mundo das trevas
Abateu-se sobre o Haiti,
Tal como tu – ó morte.
Vieste do fundo do Mar,
A horas más.
Tens o rosto da fome,
Do desespero, e dos gritos lancinantes,
Que pairam no ar.
É uma sorte – ó morte.
Não peço por mim,
Mas por todos os que ajudam na
- Desgraça.
No Haiti, o negro manto da morte,
Tem o rosto
De raptos de crianças,
Disparadas em diferentes direcções.
Perderam tudo.
O acaso segue, agora, o seu destino.
É uma sorte – ó morte.
Não peço por mim,
Mas por aqueles que ainda vivos,
Foram resgatados à tua usura.
A vida é forte:
Quando o homem,
Empunha nas mãos
- a razão.
Dá um murro na morte,
E diz: - não.
E a pairar no ar
– A Morte.
Poesiadeneno