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Até quando....

 
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<span style="font-weight: bold;font-size:85%;" >De trevas me vesti na oclusão fechada do tempo
Dos uivos silvestres do adeus …no mel da partida
Corre-se os lamentos infindáveis da crença
(apodrecida no baú das brumas)
Na lembrança do dar tudo que não se tem! Que não se dá…

O desejo percorre noite, deleitando-se, sussurrando!
Despejando na abobada celeste…as mãos vazias!
…os nadas recebidos que mudaram a vida.
Que mudaram o tempo da dança das valsas.

Hoje na sobrevivência da palavra ingrata
No sonho de quimeras …despejadas ao vento e alento
… ofereci o veneno adocicado (numa dádiva de sangue)
Adormecendo os sentidos…na cegueira sem cor.

Da luz esfíngica da mentira que me veste a alma
Ao negro das vestes vestidas, apodrecidas, corroídas
Dou-me à sapiência que não posou em mim
Dou-me à crença que desapareceu por fim…

…e no fim…
Só restei eu!

Até quando!</span>


"Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que nela habita!"



 
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Gothicum
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/01/2010 21:57  Atualizado: 25/01/2010 21:57
 Re: Até quando....
Olá,

Gostei imenso de te reencontrar por aqui, gostei imenso deste teu poema profundo e que me elevou a um nivel de reflexão grande.

Destaco a seguinte:


"Dos uivos silvestres do adeus …no mel da partida
Corre-se os lamentos infindáveis da crença"

"Da luz esfíngica da mentira que me veste a alma"


Um beijo


Luisa Demétrio Raposo

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/01/2010 01:10  Atualizado: 26/01/2010 01:10
 Re: Até quando....
Ola Gothicum

Li e gostei

Abraço

Natacha

Enviado por Tópico
HorrorisCausa
Publicado: 02/02/2010 20:17  Atualizado: 02/02/2010 20:17
Administrador
Usuário desde: 15/02/2007
Localidade: Porto
Mensagens: 3764
 Re: Até quando....
até quando...

vais deixar o sudário da dor
provocar a desordem empinhar-se até aos céus?

como gosto de te ler...

beijo