Crónicas : 

O manifesto

 


Me apoquenta a alma, sinto em mim e na expressão de quem manifesta a mesma preocupação. Para tentar descrever este sentir, vou me reduzir em nada, para talvez ser ouvido, e sei que do mesmo modo há quem perguntará, quem eu sou para falar destas coisas? Para tal facto, sou o leigo apto para manifestar suas equitações, sou um jovem homem comum, com o olhar repleto de esperanças, e, impregnado no mesmo sentimento de quem vive os ardores da terra. Este sentir não é romantismo muito menos poético, é o manifesto de uma alma mista de mim e de Angola.



Dia vinte de Janeiro de dois mil e dez, um dia histórico na terceira Republica, está a ser aprovado o Livro das Leis, a Nova Lei Constitucional para o País. Em especial na TPA1, os angolanos de certeza assistem, assistem o abandono da bancada parlamentar do maior da oposição pelos seus representantes, assistiram os Deputados do partido em exercício do governo a aplaudirem as leis de todos os Angolanos numa unanimidade não unânime, e a aplaudirem os mais de duzentos capítulos, escritos na mesma velocidade do atleta mais veloz do mundo em atletismo, o jamaicano Usein Bolt. Que panorama! Em quê rio o país vai desaguar? (que seja em águas de água doce). E do outro lado do mundo, o Presidente Norte Americano Barack Obama, confirma neste mesmo dia o seu primeiro ano de mandato na casa da super potência. Com isso pensei… não aprendemos nada com Este símbolo da democracia mundial, Este prémio Nobel da Paz que tem como essência nós, nós os Africanos. Será que este facto não nos leva a reflectir? Sem forçosamente falarmos dos acontecimentos que espelham a instabilidade sociopolítica do país.



Na verdade do futuro não sei. No futuro não sei se a Unita vai voltar ao parlamento para contemplar a Bíblia desta feita sagrada, da qual não vê nela a palavra de Deus, se o MPLA celebrará a liturgia da palavra com um grupo específico de fiéis… na verdade do futuro não sei… nem do meu futuro sei.


 
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Mauango
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