Eu não sou ninguém,
Uma pobre formiguinha coitada,
Catando migalhas e nas costas levando,
Niguém sequer me observando,
O duro trabalho,a caminhar.
Sabes?Sou muito feliz,
Deus deu-me a vida ,pernas para andar,
No mundo dos homens violentos,incrédulos...
Eu tenho o meu espaço,para rir ou chorar,
Chorar porque?
Moro no formigueiro numero dois,
Na casa sete,perto do rio da Paz,
Vejo mil pessoas navegando,
Outros,suas lágrimas misturando,
E as águas do rio levando.
Lágrimas,problemas,e eu apreciando,
Porque Deus deu tudo á Humanidade,
Sublinhou as palavras,ódio,maldade,
No dicionário da vida.
Mas, ,o dicionário é volumoso
Explica bem detalhado e ninguém ler
Perguntando ao Rio,nós dois sózinhos,
Ele muito tranquilo me respondeu:
Sabes formiguinha?
Feliz és tu ,e eu, o mar ,os passáros
Nós não sentimos cansaço,
No mundo que Deus nos deu.
Foratelza,22 de janeiro de 2010
Virginia Caldas
virginia Alencar