Poema da Saudade
A morte tece dores
Tão tristemente traz doces
Lembranças em um flash repentino
Mas 'inda que longa vem a saudade
Me nausear o coração do desatino -
A agonia de cada noite que se senti,
Lágrimas retidas por adentro.
Nunca houve mais silêncio de amor
Do que a própria partida dele,
Sem sequer dado mesmo amor.
Mar que ecoa dentro de uma alma
É a saudade que faz-me da dor
Um oceano de desespero e sibilina flor
Despeça-se ao conformismo e calma.
Nunca houve mais o fim silencioso da tarde
Do que a saudade.
Que parte com um adeus e faz-me imaginar
Como deves estar, tu, teu coração
Teus dias e noites. Em que atinar
Palpita teu seio, tuas mãos tocam?
Se vivo, ainda, sou para ti,ou morto jazo?
Por:
Davys Rodrigues de Sousa.
Davys Sousa
(Caine)