Nas noites de lua cheia
que o mar murmura,
nas rochas seu pranto
nas marés, suas náuseas
Nas noites de lua cheia
que o lobo uiva,
nas montanhas seu lamento
nas matas, suas mágoas
Nas noites de lua cheia
que a cachoeira chora,
nas escarpas seu chamado
nas piscinas, suas lágrimas
É na noite de meu amor
que vejo uma nau distante,
iluminada pelo farol
a percorrer o doce mar da saudade
É na noite de meu amor
que a brisa tem gosto amante,
oxigena o sangue ardente
a percorrer o sedento corpo de felicidade.
AjAraújo, o poeta humanista, escrito em Setembro de 1978.