Sou serpente de prata
Que se arrasta pelo prado,
Sou pura orgia, e magia..
Corro pelas matas,
Rios, cascatas, jardins alados....
Preparando-me para festa
Liberando meu hormonio sexual
Fantasio-me de gente,
Esperando a hora do ataque...
Minha presa chega e será
Atingida pelo meu gigantesco
E audacioso veneno...êle gosta...
Em uivus frenéticos, arrasta-se
A meus pés, pedindo meu veneno...
Enrosca-se em mim, lambendo-me,
Imobilizo o coitado, sedento de Amor,
Me implora para ser engolido,somos
Duas cobras enroscadas no mesmo aslo...
Um amor doentio, nas pegadas
Que se secam, suor de um ânus
Profano, duas cobras...um deleite...
Uma suga a boca, a outra suga
O beijo, num ritmo de Amor e êxtase,
Atiro-lhe a lança, corto-lhe o corpo
Em partes, afasto-me, deixando atráz,
A beleza destroçada...
Neste momento transfor-me em:
A Serpente de Ouro, enrosco-me
Na poesia!!!