"...Inda choram as mulheres...
Inda choram as crianças...
Inda chora toda a alma!
Até onde a dor a alcança...”
(Onivan
Muito queima o fogo, a alma!
As labaredas saem da fornalha, amiúdes!
Da morte, o sorriso só se acalma,
Ao se fecharem os cristãos em ataúdes!
E sorri a morte, um sorriso todo execrável!
E vai ceifando toda seita tresloucada!
E ceifa!...E corta!...E lavra tão insaciável,
A vindima que é toda macerada!
E os brâmanes vão arrastados pelo chão!
Pelo chão fadado em vicissitudes!
Pelo chão que em si, é como todo o chão,
Que corta essas terras em plenitudes!
E o fogo queima em chamas tão calmas...
E cresta todos os campos inda vividos!
E vai Caronte transportando suas almas,
Pelo Aqueronte que reflui enegrecido!
Quantos são os pecados em espíritos?!
Sim!...Quantos o são?!...Ó pecadores?!
Alcem - dos pedófilos -, os gritos!
E os atirem junto aos cães pastores!
Ó, e a “Santa Sé” se acomoda no fausto!
No luxo!...No esplendor das suas artes!
E emerge da ostentação, como o hausto,
Que irrompe do inferno nessas tardes!
E ardem as almas no inferno de Dante!
E vão-se os pastores, os pederastas!
E vai-se o bispo, a madre, até o infante!
Que natimorto queima em sua casta!
E as chamas se elevam esperando!
E esperam pelos homicidas tresloucados!
E vai-se a fornalha em fogo brando!
Assando complacentes, os enforcados...
E os mulás, escondidos em oferendas!
Ó fanáticos que se escondem atrás da fé!
No inferno, queimam as suas tendas!
E na fogueira todos queimam bem em pé!
Das caldeiras!...Eleva-se um bafo quente!
O inferno é todo um esplendor sepulcral!
Gemem os corpos em suplícios ardentes!
E regurgitam a alma à ponta de um punhal!
Toda dor é pouco para esses fiéis!
O dízimo liquidado neste lugar é cíclico!
Sim!...O inferno é dos bacharéis!
Que arda no inferno o mau causídico!
E passam séculos em guerras dementes!
E vão-se os estadistas, queimados na dor!
Na dor da mentira!...No bafo quente!
Que muito exala pelas ventas, Valefor!
Ó, e os judeus ardem muito também!
E ardem com os palestinos, nesses vãos!
E no inferno, ardem tão bem!
Como bem tanto o fossem irmãos!
E se levanta da fornalha, o fogo infernal!
E vão-se fervidos nas caldeiras, os ateus!
Ó, que seus gemidos reverberam afinal,
Nos lauréis que o inferno lhes deu!
E Bahal sorri!...E Astaroth se vangloria!
E o que bem lhes são todos esses júbilos?!
Se tudo o que lhes causa tanta alegria!
É a dor que encima esses túmulos...
(® tanatus - 16/07/2009)