Nos horizontes da memória,
Em que é permitido recuar.
Eu lembro-me de cada história,
Que nem te quero contar.
Nas brumas da nossa glória,
Povo firme e povo honrado.
Ficará sempre na história,
Por sofrer sempre calado.
Começou por ser lusitano,
Agora, já só é luso.
Até tinha um país hermano,
Que agora caiu em desuso.
A vida virou parafuso.
E tudo se transformou.
O que dantes era luso,
Para a CEE se mudou.
Esquecemo-nos da história,
E do que aprendemos com ela.
E até perdemos a memória,
Para não nos lembrar-mos dela.
Ao perdermos a memória,
Perdemos a identidade.
E vamos passar á história,
Sem prazo de validade.
Mas vamos viver na moda.
Como todos os países.
E sempre a andar á roda,
Para superar as crises.
A vida perde o valor.
E nós perdemos as vidas.
E morremos com a dor,
Das promessas não cumpridas.
O orgulho de uma nação,
Vê-se por o seu poder.
Mas é sua obrigação,
Ao povo dar de comer.
Queremos nós lá saber,
Se o país está morrendo.
O que interessa é viver,
O resto, vamos esquecendo.
Porque fartos de viver,
Uma vida de sacrifício.
Nós não queremos morrer,
Sem fogos de artifício.
Que possam comemorar,
Muitas batalhas vencidas.
Na guerra do bem estar,
Por umas vidas merecidas.
Porque todos merecemos,
Uma vida a condizer.
Para isso é que nascemos,
Não foi só para morrer.
Porque somos enganados,
De todas as possíveis maneiras.
Vivemos ludibriados,
Ás vezes, vidas inteiras.
Tentamos seguir um destino.
Que nem sempre está traçado.
E é um grande desatino,
Se vamos no caminho errado.
Tentamos seguir atalhos.
Com muita promessa na vida.
Mas é uma carga de trabalhos,
Toda a promessa não cumprida.
Ao ser sempre explorado,
O povo perde virtudes.
E ao ser sempre enganado,
Começa a tomar atitudes.
Com isso nada resolve.
E só mostra a sua revolta.
Mas a mentira já se dissolve,
Na vida que já não volta.
zeninumi 9/7/2007
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