Sedução além do corpo! Sublime!
Num dever de encarar acertando...
A palavra que o poeta por vezes reprime...
E que o memento acaba falando!
Sedução... Língua na boca se movimenta,
E seios que se esfregam ao meu peito...
Com o ardor delicioso da menta,
Refrescando nossos corpos ao leito...
Que já sofreram o calor em demasia,
Desidratados... Por um algo tão complexo!
Fazendo amor como uma poesia,
Em partes perfeitas, ou côncavo e convexo...
Procurando fluxos... Gemendo, atritando,
Falando por vezes, palavras sem nexo...
Por cima ou por baixo, na cama rolando,
Penetrados na alma do sexo...
O espelho revela este êxtase... Imagens,
Mas não se sabe se profanas ou sagradas...
De corpos desenhados como tatuagens,
Em linha horizontal... Nestas madrugadas...
Mas, não há imagem que revele... Ou retrate,
Não há palavra que diga... Ou possa desdenhar...
A essa perfeita obra de arte,
Na qualidade que nos faz amar...