Poemas : 

tudo coisas banais

 
eu sou um pedaço de nada
uma utopia
apenas uma existência
Preza no meio desta cilada

eu sou uma miopia
no meio da intelectualidade prezada
da profecia me enbebedo
caminho nesta enseada

de tudo não sou nada
desta existência resta
apenas o prazer da derrocada
que me leva ao abismo
com a porta escancarada
que se abra o caminho
onde està essa entrada

vou professando delírios
vou gozando os ancestrais
vou planando os silos
tudo coisas banais


Cada vez que a torneira se abre, saem rios de palavras que tento juntar com um lápis, para matar a minha sede, é assim que nasce a minha poesia

 
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csantos
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Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 15/01/2010 16:19  Atualizado: 15/01/2010 16:20
Colaborador
Usuário desde: 29/10/2008
Localidade: guimarães
Mensagens: 7238
 Re: tudo coisas banais para c.santos
TER uma utopia talvez contradissesse tudo o resto que depois se afirma.mas ter consciência de o SER...aí o resultado é mesmo este.conheço muitos poetas por aqui que acho que se podiam rever muito bem neste teu poema,nesta postura perante a existência.

gostei de te ler.foi interessante.precisamente porque sintetizaste uma determinada forma de se estar na vida/um sentir que é muito actual.daí talvez tanto "pessismismo" nos textos poéticos que leio por aqui (alguns dos quais belíssimos),tanto negrume,tanta angústia,tanto falar da morte e da inevitabilidade das coisas.

beijo,carlos

alex


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/01/2010 21:24  Atualizado: 17/01/2010 21:25
 Re: tudo coisas banais
Um poema que sinto e gostaria de ter escrito. Deu-me muito prazer esta leitura

Beijo azul