Vida minha…, tu voltaste?
Tu anuncias-te, em hora de prosseguir…!
A estada, neste estado, já era longa.
Ah vida minha…
Como, de ele, urgia, eu sair!
Vida minha… mas, como te demoraste…!
Deixaste-me votado à solidão,
de delonga, em delonga, a flutuar,
em busca de uma solução.
À procura de um caminho a seguir…
De qual, o desígnio a abraçar;
de como, te fazer fluir…
Do melhor modo de te vivenciar!
Ah vida minha…
Quantas vezes eu preciso de te esculpir…!
Diz-me, Vida minha …
(Vida minha… diz-me…)
Porque, tu me abandonaste?
(Foi, só, por isto, que me abandonaste…?)
Meu coração está em ferida.
(Foi) Apenas, por eu hesitar…?
Por eu não saber, o que fazer,
nem, por o que haveria eu de me decidir…?
Apenas, por eu não encontrar
o caminho, que eu era suposto seguir,
para te concretizar…?
Para concretizar, em mim, o projecto,
que tu própria o ditaste…?
Vida minha… Como é, sempre, tão bom sentir,
que tu voltaste…!
apsferreira
apsferreira