Tags:  Albano Ferreira    Estados d`alma  
 
São tantas,
As coisas que eu te digo…
Quantas,
Porque fazem sentido.
Outras tantas,
Porque sei, como as queres ouvir!
De quanto tu precisas,
Que eu te as faça sentir…!

É esse teu olhar suplicante,
Que me faz as repetir…
É numa incoerência, sem par,
Mas, desde, que eu te faça as sentir,
São a verdade assimilada!
São o sustento do teu estar,
Tal é essa fome, que tu sentes,
Que eu te faça sentires-te amada…!

São alimento, na tua insegurança;
Nesse teu medo…
Nesse, tremendo, horror,
Que tu sentes do degredo!
Tu ficas apavorada…
E perante tanta dor
E em, suplicante, ansiedade,
Como eu te vejo fragilizada…!

Recordas-me a rosa, que te dei.
Como ela resplandecia, naquele canteiro…
A sua cor
Era a do amor verdadeiro!
Agora, enche o teu coração, com mais um nada…
Ela era sentimento,
hoje, é só fantasia,
é uma, outra, ilusão alimentada…!

Bem fechada na tua gaveta,
com que carinho tu a guardas…
Velha e tão ressequida!
Tal e qual tu resguardas,
este meu sentimento, sem vida…
Perdeu a cor e seu perfume
e quanto tu a olhas, encantada.
Como eu te vejo, tão perdida…!

Em nossos sorrisos debatem-se
a tua doçura e o meu vazio…
É como, quando, as nossas mãos se tocam,
Num meu tocar, sempre, tão frio!
Deixei-as tomarem-se, pelo esquecimento…
E sentem-se, por isso, atordoadas,
Pela ausência, no meu sentir,
Daquele belo e tão doce sentimento…!

apsferreira




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apsferreira
 
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