Só e perdido na mais negra necrópole,
Encostado na cruz de um vil sepulcro,
Revelando um sorriso puro e pulcro
No mais distante ponto da metrópole.
Anjo defunto, corpo cadavérico...
Carnes magras, sublime e santo rosto
Em que o célere tempo deixou posto
Um grito morto, um canto forte e histérico.
Apetecido, surge ele tão vivo
Pra eu cometer meu próximo delito.
Dragão que se aproxima tão lascivo,
E me deixa perdido em mais conflito,
E crava em mim seus dentes diabólicos,
E vê graça em meus olhos melancólicos