Poemas : 

Enfim... Se Extinguir!

 
Você, flor da vida em jardins balsâmicos,
Que em meu aveludado ninho repousa
Concheada em meus gigantes braços,
Você que eu amo e bebo os perfumes
Que em tantas fragrâncias saem de ti!

Não imagina quão grande é o prazer
Que em meu fatigado peito sinto
Quando adormecida em meu ombro
Balbucia, entre delírios, as primeiras
Sílabas do meu nome: Gil...

Beija-me agora e por mais uma vez,
Mulher amada e querida!
Beija-me minha boca e sorva a saliva
Melíflua que só flui e deságua no mar
De delícias tantas e infinitas onde
Os anjos adormecem e os homens se
Multiplicam na arte gostosa do amar.

Beija-me com beijos tão longos e quentes
Que sóis nasçam faiscando estrelas cadentes
Por todo um universo onde os sonhos
Esperam serem descobertos!


Agarra-se ao meu pescoço brandamente
E aos meus ouvidos sussurre uma canção
Que só você sabe compor!
Afague-me de tal jeito e tal forma
Que pedirei a Zeus que pare os relógios
Do mundo e que quebre as ampulhetas
Dos cosmos...
Que se calem os cantos dos pássaros
E que as fontes não murmurem mais!
Moveremos os montes e as montanhas
Ao simples e sutil toque de nossos dedos
Enquanto os mares bravios e invejosos
Virão beijar, em caracóis, nossos pés!

As nuvens pratas e de ouro, invejosas
Servirão de testemunhas dos mágicos
Movimentos dos sexos exalando perfume
Das rosas nos momento dos libertos libidos
Sem receio ou pecado algum
Quando dois corpos se amam
Não se respeita mais a gramática
Tampouco as regras da matemática
Quando um mais um se torna só um.


Ame-me, querida, pela última vez
E que após nossos tantos gozos
Nossos corpos se incendeiem
E na dissolvência das mil essências
E num átimo de apenas um só segundo
Se tornem parte do ambiente
Adocicando a vida, antes cinza,
Passeando pelos campos e campinas
Silvestres; adentrando hemisférios
Celestes, até que possamos, por fim,
Entrar em... Nirvana!




Gyl Ferrys

 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/01/2010 23:47  Atualizado: 13/01/2010 23:47
 Re: Enfim... Se Extinguir!
O meu Amigo nada numa roda-viva a cantar amor por todas as esquinas.
Esse coração qualquer dia dá-lhe o “treque” de tanto esforço.
Dou sempre muito valor a quem consegue escrever poemas de amor.
Eu bato sempre na primeira curva, não sei mesmo. Mas tenho raiva de não saber.
Abraço Gyl
JLL