Dói-me a tua ausência constante
Constantemente presente
Nesse frio inóspito e cortante
Que corta o coração e a mente
Dói-me a alucinante dor
De me doer a saudade
E nesse doloroso torpor
Morre da vida a vontade
Já a alma me dói
Neste corpo que chove
Em chuva que me corrói
No vento que não se move
Já me dói a própria dor
Na dor que já não minto
Sinto falta, meu amor,
De cantar-te o que sinto
Delfim Peixoto © ®