No trepidar da chama,
e no escorrer da vela...
A chuva que anda seca,
e sol, que lá no céu gela...
A madrugada que já não dorme,
o calor que sente frio...
E o mar, tão solitário,
pede um pouco mais de água ao rio.
O vento já não balança as folhas,
e a espera sentou-se na calçada.
As palavras sobem ao céu feito bolhas,
e como um lamento, ficam ali penduradas.
Tudo isso porque não quisemos falar de amor.
Tudo isso porque separamos o que estava unido.
E agora, ante o sorriso que hoje chora,
vemos no ontem, o que no amanhã, poderia ter sido...