Há algo que me aterroriza,
Como olhos que brilham no escuro...
Numa pauta de silêncio, notas de ojeriza,
E lamentos que derrubam muros...
É uma voz de morte que se sustenta,
Percorrendo a necrópole noturna...
Que por vezes como um Clio se apresenta,
Para uma disforme poesia defunta...
Desfolhando o morto de se decompõe,
Em sua matzeiva com vermes famintos...
Enfeitada com asas de dragões,
Ao seu lúgubre local absinto...
Desassossego tem este leito de morte,
Onde me atrelo ao segredo...
De um réquiem de própria sorte,
Constituído pela face do medo...
Porque aqui, até as flores não nascem,
Sufocadas por vis ervas daninhas...
Mas aqui as aranhas tecem,
A sua teia entre ladainhas...
Qual é o nome deste que se fora?
Talvez um rosto sem identidade...
Pois há que viva, há quem morra,
Sem ter vivido uma verdade...