Poemas : 

Sento-me na margem dum Poema

 

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Sento-me,
estou cansado...
a Alma acompanha-me de mão dada.

A minha sombra,
tombou perdida, nas veredas do dia.

Encharco as mãos de letras
refresco o rosto
e dou de beber à Alma,

os versos que escorrem, em fio,
são o meu refrigério...
será o Amor tão grande mistério?
...E será a Paixão água revolta?

As Palavras correm, à solta!
Talvez me tragam a sombra de volta
e assim não me sinta só!

Até lá, aguardo
e sento-me na margem dum poema.



Andy
 
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