Tenho a vida como a arte mais difícil de executar, viver é de facto uma junção de componentes lúdicas, abstractas, de cores variadas e de actos que se misturam para preencher o vazio que somos.
Começamos de uma pequena forma que ao longo de um percurso do que somos se preenche a medida que cada um tem ou consegue.
Aperfeiçoamos as nossas limitações sem conseguirmos atingir o “objectivo” – A Perfeição.
Todos somos compostos da mesma matéria, sem no entanto deixarmos de ser tão diferentes uns dos outros num fenómeno quase natural.
A essência da nossa razão de ser passa por caminhos aos quais não conseguimos fugir.
Ao morrer, saberemos que pela estrada da vida fomos pequenos, medianos ou enormes, no entanto acabaremos da mesma inquestionável dimensão, pequeninos e vazios como nascemos, apagando assim de uma forma inconsciente tudo o que aprendemos – o vazio que gradualmente fomos preenchendo.
O segredo da nossa vida estará sempre no (nosso) intermédio do que fomos vivendo.