Abram alas, abram alas que a poesia chegou para iluminar as salas e ecoar nas almas e fazê-las sonhar e até onde irem parar...
E no fim as palmas num estrondoso alarido depois do poema bem dito pela voz do coração um poema bem sentido e com o amor bendito a sair da boca rubra e no ar uma magia rara...
Agora vamos ao lado ver outras formas de arte, o mítico cavalo alado, num quadro para onde parte com uma Amazona bela? E noutro a esbelta gazela corre tão velozmente e logo mais à frente um por do sol na savana e o coração da gente para ao ver a paz que emana numa simbiose pura e rara... E um quadro com girassois tão amarelos a ofuscar e de repente alvos lencóis numa varanda a secar... Artes tão distintas ali assim emparelhadas deixando as almas famintas deste mundo alheadas e envolvendo-se no ambiente artistico que não mente e é fruto da paixão do mestre inspirado no odor campestre...
Agora vamos a outras paragens e vamos ver ao vivo artesãos que fazem com precisão imagens e as moldam com o amor das mãos e depois nem queremos tocar nelas com medo de as deixar cair no chão e se quebrarem as magias anelas e ficar muito triste o coração, mas olhá-las e mirá-las bem e sentir o prazer de quem as faz faz-nos sorrir como a ninguém e fazer transitar a pura paz...
Mas que sons são estes amigos? Parecem os de uma sinfonia, e que sinfonia, ora atentemos e ouçamos com muita alegria a nona ou a milionésima obra de compositores tão talentosos tanto talento que até sobra e ecoa nos claustros abobadados e nós a ouvir tão deliciados...
Mas de repente pedras rolantes e nós a rolar ao seu ritmo e nas batidas mui contagiantes e reagindo o mais infímo atomo e o calor a subir a pique e a dança por lá nos detenha até que alguém se prontifique e nesta fogueira deixe de pôr lenha!