Após a minha morte; os rituais
Comuns e na verdade muito chatos,
Olhares satisfeitos ou ingratos,
Momentos de sarcasmo, até banais,
As bocas em conversas informais,
Mentiras relembradas, velhos tratos,
E as mesas em banquetes; finos pratos,
Antigas regalias mais formais.
E o vento se espalhando na capela,
Enquanto este cadáver se revela
Até com um sorriso, quase irônico,
Incrível que pareça; ninguém vê;
Porém ato reflexo sem por que;
O corpo se afigura catatônico...
Marcos Loures