Chamo-lhe poemas, os meus poemas, por mil razões
Não porque sejam boas ou más
Mas porque são razões
E isso basta
Em linhas nobres, escorreitas
Que roubam a castidade a uma folha perfeita
Casta
Chamo-lhe poema porque manda a pena
Que pára no meio ou no fim da linha
Ao jeito da história
Ao ritmo das cantilenas
Mas chamo-lhe poemas
Porque as linhas não vão até ao fim da página
Apenas