Na profundidade enigmática
do Ser
em incandescência a alma é
e rejubila.
E intranquila
em todos os dias inquieta interroga
a Fé.
Morre na esperança de ser eterna
e nunca é
sem saber porquê.
Sucumbe no silêncio do profano
em busca dos Céus
em que já não crê.
Neste luto lapidar
digladia-se no Ser o seu espaço
interior
e abre em vulcão e sismo.
Desavindo
o Ser contradiz-se e faz-se
de novo abismo.
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de Alvaro Giesta "entre a Terra e o Céu"