Tenho mais eus dentro de mim
Que eus propriamente confessos.
E há aqueles, que fogem de mim,
Completamente possessos.
E assim me perco, nos meus eus
Distraídos. Saber de mim não sei,
Só que estes braços não são meus
E que tudo o que há aqui subornei.
Durmo à beira rio do meu sono,
Se este se o outro, que sei eu.
É como se não fosse o meu dono,
Numa estrada em que tudo era meu.
Jorge Humberto
07/07/07