Não quero o amor declarado cura da dor, não quero apenas o olhar que te ver e não te tem; não quero o sonho que causa suor e passa a transmitir frio.
Não insisto nos passos que me levam e apenas me largam em qualquer lugar sem destino. O que será de minha alma medrosa e humana.
Não quero o toque macio da boca somente por uma noite e depois de outras bocas sentir o gosto diferente.
Não quero a guerra de minha causa e nem as notas afinadas de minha sinfonia de surdos.
Não quero tua pele fria encima do meu peito e fazer-te ouvir nada batendo ou vibrando.
Eu quero o amor simples e sem intenção infinita, quero a visão que te devora de todas as formas, quero o sonho que faz sentir outra vida dentro de mim.
Quero os passos incertos nos lugares indescobertos de qualquer ser.
Quero o ar da boca que me faça respisrar por todo entusiasmo.
Quero a paz que não existe nos livros e nem nas fitas Ksete de antigamente.
Quero explodir forte nos teus braços e transmitir ilusão de vida eterna, amor...
Marcos Lima