FANTASMAS DA SOLIDÃO
Fantasmas da solidão
circulam em minha volta,
voam pelo teto e pousam nas paredes...
Vestidos de branco,
não mostram as feições,
apenas gracejam e tentam fazer-me sorrir
Invadem a minha retina
e penetram em minha alma,
aprisionando a minha mente e dominando os
meus pensamentos
Induzem-me a sonhos
nos quais encontro resquícios de saudades
perdidos num álbum de recordações
que guarda lembranças daqueles que já se foram
e outros que não foram,
mas que jamais voltarão.
Fantasmas da solidão...
Sufocam o meu pranto,
enxugam as minhas lágrimas,
abafam os meus gritos
Não andam nem pulam
Bailam graciosamente,
levitando e sorrindo,
tentando fazer-me sorrir
E eu aqui,
de frente para o monitor,
com as mãos no teclado
relembrando o passado,
no aconchego da saudade,
tentando escrever meus versos tortos
Eu e os Fantasmas da Solidão...
Abr/2007
Magno R Almeida