Parece que finalmente, se fez luz no fim do túnel dos que tratam do problema indígena no Brasil. Nações não contatadas, até agora pelos brancos, devem assim permanecer, não sofrendo nenhum, dos constrangedores, processos de aculturação, o modo tradicional de tratar a questão. Isto que dizer que o obscurantismo no trato com a questão indígena, chegou ao final! Os que não pereceram, até agora, têm o direito de viver como bem lhes prover. Deus seja louvado! Pelo visto a insânia se foi! Foram séculos em que se aviltou de todas as formas possíveis e imagináveis, a cultura e os povos donos da terra. Donos da terra, sim! Nós não passamos de simples invasores. Procedemos com os índios, como os russos no Afeganistão, como os franceses na Argélia, como os israelenses na Palestina, como os americanos no Vietnã, só que infinitamente mais cruéis. Séculos de história não farão desaparecer esta verdade.
Hoje, impregnamos tudo com nossa civilização, todavia criamos uma supremacia alicerçada na força e na tecnologia. Com certeza, muitas culturas interessantes pereceram sob o peso do tacape “civilizado”. Impor nossa maneira de viver a seres humanos que não compreendem e não acreditam na excelência do viver ocidental, sempre foi a forma, mais eficiente , de se criar um povo sem alma, um povo de miseráveis, sem referenciais que tornem a vida um pouco menos opressiva . Matar o índio ou a cultura do índio mantiveram-se, sempre, como as únicas opções, razoáveis, de lidar com a questão. Qualquer proposição, que procurasse respeitar os costumes dos povos nativos, não era levada em conta. Eis um lema bárbaro e simplista: morrer se preciso for, mas nunca matar um índio! Um índio não é só seu corpo. Um índio não é apenas um coração pulsante. Um índio perece quando fenece o seu modo de viver, seus costumes e crenças, do mesmo modo que nós ocidentais.
Somos ou fomos especialistas em transformar nobres raças em indigentes, aqui está uma resposta que só o tempo dará .