estavas enterrada,
não pergunte,
por gentileza,
com quantas pás,
de sentimentos desprezíveis...
o que sei, ou melhor,
o que posso dizer,
é que estavas,
definitivamente,
adormecida em um,
daqueles muitos cantos,
em que deixamos,
nossos erros,
e todos aqueles,
que com eles,
e,
deles,
muito ou tudo perderam...
qual,
sete cordas,
o mágico violão,
rompeste,
delicadamente,
as amarras,
que,
embora sem razão aparente,
foram-lhe impostas...
e surgiste,
linda,
a sorrir-me,
um sorriso,
que,
de fato,
não era meu...
alguma versão,
sofisticadíssima,
da rolleiflex,
de um certo joão,
roubou-lhe,
com consentimento,
este que é,
o mais belo sorriso,
que,
roubado,
recebi...
e,
com a que,
tive a sorte de,
deus receber,
gravei,
teu sorriso,
sim,
este mesmo,
o bidimensional,
em minha,
fraquíssima memória.
para não mais esquecer...
levaste-me,
sem querer,
a lugares,
que,
juro,
pensei não existirem mais...
não é,
como te disse,
o lance,
da carne,
na carne...
é mais...
e,
por isso,
sou grato...
avisar,
como dizem,
é hábito,
sempre recorrente,
de quem amigo é,
ou diz ser...
receba,
portanto,
o aviso,
de que,
de hoje,
e,
para sempre,
estás,
e,
estarás,
comigo...
e isto,
minha cara,
não está em discussão...