Na vida e na morte,
na brisa que te acende a manhã,
tocas no meu sorriso,
vibras no meu olhar,
e enquanto passo queres-me poço de desejo,
Mas eu não te vejo,
não te pressinto,
desapareces e apareces.
Voas estontantemente por locais que passo,
deixas toques de ti em mim,
e voltas a desaparecer,
a saber que ficas te bem em mim,
bem na minha mente,
que te descortina a blusa
que te percorre os seios,
que faz arrepiar com o breve deslizar
dedos de pianista,
que te tocam,
que te enlouquecem,
dizes me louco...
a mim que sou mármore branco em terra preta...
e quando és tu a louca por me querer enlouquecer.
Depois de doido, será na loucura que vais viver...
loucura de sentidos,
loucuras sensuais, de quem pressente...
que é no sentir...
dos corpos e das almas...
que os sonhos se tocam...
e as vidas se unem.
Alexander the Poet