Lembra-te, recorda-te.
De todos os momentos,
De todos os toques sedosos,
De todos os pensamentos
E de todos os beijos gostosos.
A memória insiste
Em nos atormentar,
Perdido está quem desiste
E quem não sabe recordar.
Deixei o meu lado sombrio,
Na margem do esquecimento,
Mas ainda há este arrepio
Que me deixa sem alento.
Um dia pude sentir
A vida por entre os dedos.
Tentava sempre fugir
Escondendo-se entre segredos.
Este dia eu me arrependo de ter vivido
Mas depois deste já vieram muitos mais em que agradeço a vida.
Também muitos mais como tal.
Imprevisibilidade.
Lembra-te,
Pensa no que disseste,
No que fizeste...
Pensa no que jamais pensaste,
No que nunca passaste
E poderias ter passado
No sorriso que outrora te havia provocado.
Recorda-te...
Basta!!!
Essa tua existência
Que toda a minha devasta...
Dissolve esta consciência
Em vinho de rara casta.
Não sou alguém perfeito...
Tenho os meus sentimentos,
Os meus segredos,
Os meus tormentos,
E os meus medos.
Recordo...
Tenho os meus pensamentos...
Mas acima de tudo,
Tenho uma vida nefasta...
Porque amo e ataco sem escudo.
Mas parece que isso não basta.
Dizem que o ataque é a melhor defesa,
Mas muitas unidades são perdidas...
Não voltarei a atacar sem estar armado até aos dentes!
Mas ainda assim, lembro, recordo, todas as batalhas infindadas em que me vi infiltrado.
Lembra-te, recorda-te
Pois a tua batalha a meu lado nunca será esquecida.
Vive toda a boa recordação.
Entrega o coração.
Aconchega uma paixão.
Constroí a tua terra.
Defende a tua ética.
Vive na simplicidade estética.
Continua a contagiar os teus
Com essa luz que lembra deus.
Um dia ganhare-mos esta guerra.
"Even though i walk through the valley of the shadow of death, i will fear no evil..."