Por amor fui obrigada a esquecer do ritual
No calor dessa jornada
Como um grito matinal
No tempo em que amarelam flores
Num jardim de águas cálidas
Lodosos pisos escorregadios
Na vida breve, encobrem e silenciam
Os desejos e medos, do ir e vir
No corpo suado cedo sua nua rua
Virei córrego suspenso de ponte roliça
E atravessam pés descalços
Em tempo de laços entre pedaços
Regaço de chuva amanhece
Orvalho com temperança
Ao ser que enseja da vida
Viver, crescer e morrer de amor.
Diana Balis