Quaresmeira de meu triste jardim,
Fincaste em mim inúmeras raízes,
Mas deixaste também mil cicatrizes,
Rugas que jamais, nunca terão fim.
Tronco magro que muito me fascina,
Tornando a vida suja e macilenta,
Somente a tua seiva me sustenta!
Somente tu és pulcra e grã-divina
Antes, agora e sempre, só chorando...
Antes num quarto pálido e sem luz...
Agora acorrentado numa cruz....
Sempre e sempre, estará a boca sedenta
Gemendo unicamente um grito brando:
Somente a tua seiva me sustenta!