O vento passa sempre apressado
Como se estivesse atrasado
P'ra chegar a algum lado.
Passa num corropio
Uivando sons e sussurros,
Murmurando rezas imperceptíveis.
Levanta os lenços e as almas,
Separa os átomos em mil pedaços,
E logo foge inculpado ...
Escapa-se por entre os dedos,
Serpenteando as pombalinas fachadas
Em direcção ao azul celeste,
Para com toda a sua fúria,
Voltar a cair unido com grossas gotas de água
Nos rostos de quem por ele passa...