Cresceu no mar e desbotou no rio,
A flor que o Lis guardou e agora vê partir
De Leiria, a sua bela Leiria.
É a flor que sempre vai sorrir,
A lembrar os tempos junto do Lis:
As luas que vi e noites mal dormidas,
Os serões de algazarra e confusão.
As vozes, gritando pela caneca vazia
E todas as paixões esquecidas.
Das quais me vou rir um dia.
As manhãs passadas na cama
Com os olhos pesados da noite!
Ou quiçá, das lágrimas que chorei,
Por amor, o estudante é o que mais ama.
E há gente que nunca esquecerei.
“Há gente que entra na história,
Da história da gente!”
Foram dias perdidos a rir do nada.
E o trabalho que faltava começar.
Ai! Se não fosse todo o café tomado!
A compensar tardes de esplanada
Eu nunca cumpriria um prazo!
Foram longos e frios os momentos
Na janela do quarto a ver a chuva
E aquela lágrima que teimava aparecer.
Pela família, longe dos aposentos,
Mas nunca me deixei vencer!
És a flor do lis!
Que cheirou e deu voz a Leiria.
Sempre firme e com o orgulho forte
És modelo a seguir um dia.
O mar te embala chama por ti.
O sal que te tempera pede a tua pele.
Oh Doce mar.
jp, 2009
Este foi um poema que fiz para a fita de uma amiga, a Lisandra, que nasceu nos Açores e foi estudar para Leiria.