Indigno desta luz que te incendeia,
Buscando a solução, sou vagalume
Que enquanto vivo sob a lua cheia
Vagando sempre atrás deste perfume
Tu andas tão distante, vais alheia,
Conforme sempre fazes, teu costume....
Não quero ter nas mãos discernimentos
Tampouco adivinhar cada caminho
Por onde seguirão teus pensamentos,
Na ausência de prazeres eu me aninho,
E bebo desta sorte, sem proventos,
Fazendo da esperança amargo ninho.
Sozinho, não me canso desta luta,
Porém a sorte é sempre mais astuta...
Marcos Loures