Á plena potência, Meus olhos respiram: O opaco ouro da maledicência reina, Matando a candura, a utopia, A imagem da incandescência da benevolência Esquartejando a hipocrisia!
Estradas que descortinam Mirantes para o sol Germinam da sacada Dos meus infrenes pensamentos De arrebol das cinzas do girassol:
Todos os dias, A usina da alegria Cede espaço Á certeza da impotência, Que --- florescida da cobiça Por riquezas e guerras --- Se revela a câmara de gás Qual a chama da vontade encerra.
Afinal As únicas vestes que trajo São sonhos-jangadas Zarpando pelos oceanos Da via Láctea dos átomos do nada.