Flutuo nas águas lisas
onde escreveram histórias futuras
indiferentes ao meu pensar.
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Escuto todas as marés e danço o não
sem retóricas a definir
e toda a obliquidade se decompõe numa safara
engolindo a semiótica que me é indiferente.
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Passeio pelas nuvens e beijo todos os ares,
qual condor em repleto de asas abertas a flutuar.
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Sou de outras paragens…
de outros sons assimétricos nos outros
mas delineados nos meus gestos.
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Sem paradigmas envolvo-me nas giestas plantadas de ondas e deleito este sabor sem aparência…
sem véus opacos de nascentes descontínuas.
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Paro e solto as mãos que os pulsos tentam enrolar,
sem metafísicas…sem requisitos de Lua Cheia.
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E neste desprender-me de éticas impostas…
vivo o honor como algo concreto em mim.
Eduarda