Luso-Poemas
 
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81

 

. façam de conta que eu não estive cá .



dizes do tempo o vagar e eu penso, algures entre o teu dizer e o meu, que todos os vagares são como um breve mover de lábios. se antes dissesses: tempo, e eu respirasse depois o frio da palavra, ao invés de te esquecerem os vocábulos no vagar de os dizer. sempre guardei a noite para ta dar, talvez agora encontres um lugar onde pousar todas as estrelas que trazes no coração. dizemos das palavras o frio que nos vai dentro, como se até elas acreditassem que é amor isto que nos escorregue dos olhos, sempre que choramos. choramos sempre do lado errado do tempo, quando devagar julgamos ver-nos no som de uma lágrima a partir.
 
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Margarete
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Enviado por Tópico
Moreno
Publicado: 03/01/2010 23:37  Atualizado: 03/01/2010 23:37
Colaborador
Usuário desde: 09/01/2009
Localidade:
Mensagens: 3482
 Re: 81
fico sempre parado no tempo ao compasso do eco que brota das tuas palavras...

beijos

Enviado por Tópico
Amora
Publicado: 04/01/2010 21:42  Atualizado: 04/01/2010 21:42
Colaborador
Usuário desde: 08/02/2008
Localidade: Brasil
Mensagens: 4705
 Re: 81
Chorar sempre do lado errado do tempo. Está aí o capricho da dor e ler-te me dá vontade de descobrir que não há lado nem tempo, só ela, mar, obrigada!
Beijo

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