Destino feito sorte já perdido,
Nas buscas e nos ritos insondáveis
O passo tanta vez se fez olvido,
Nos mares e nos céus imagináveis.
Percorro solidões inconsoláveis
O vento guia o passo, mas duvido
Que tenha nos meus olhos dons amáveis
Se o corte já se fez, tão decidido.
As farpas; acumulo em minhas costas
Verdades sendo claras são impostas
E o medo se perdeu pelo caminho.
Não posso retornar ao que deixei,
A morte sendo aporte, o corte é lei
E marcho pro final, sempre sozinho...
Marcos Loures