Não, minha Lya querida.
Não vivo somente de poesia
E não são crescidos meus cabelos...
São morenos e finos meus dedos
E arroxeadas são minhas gengivas.
Tenho os olhos vermelhos e pequenos
Minhas canelas são feias e finas
Minhas janelas têm espessas cortinas
Trago na saliva alguns méis e venenos.
Cabe a você, Raio de sol do Amanhecer,
Escolher em que fonte vai se fartar.
Beija-me e prove dos méis e do néctar.
Provoque-me e prove do manjar
Que longe fui furtar para você!
Gyl Ferrys