nas ranhuras da imensidão dos pensamentos, soltou-se uma partícula de lucidez, e apesar da escuridão, da força bloqueadora, ergue-se o desejo em mim…
amor… este desejo invade-me o corpo e grita-me o teu nome.
amor… os silêncios fogem-nos com rituais moribundos e a voz estremece dos medos.
oh! lucidez branda que me torturas as horas, e me fazer erguer esse desejo suspeito. trazes malícias escondidas e imagens poderosas para servires o meu jantar…
se a morte passar por aqui, peçam-lhe, implorem-lhe, que não pare e que, se o vento não existir, que siga a desnorteia, a epopeia e a simetria dos defeitos que eles sim – eles não gozam o desejo e por isso não merecem viver. por agora, tragam-me uma mulher afortunada pela natureza e um cálice de bom vinho do porto.