Sabia muito bem onde meter
O meu bedelho velho e tão sisudo,
Se ainda peço paz, se ainda ajudo,
Não posso mais, contudo, prometer.
E quero desde sempre o teu saber,
Embora eu acredite ser miúdo,
Nas tramas desta teia se eu me grudo
O pouco que já sei fará valer
No peso e na medida quase exato,
Exausta bailarina anda exaurida
Tomando fartos goles desta vida,
Não deixo sobrar nada no meu prato,
E quando vejo teu retrato assim,
Saudade faz a festa dentro em mim...
Marcos Loures