Vinheta de Adofo Payés
Nesse mundo de guerras, injustiças e preconceitos
perdidos estamos nos descaminhos do amor
A cada mão levantada, a cada arma empunhada, a cada agressão
mais nos afastamos de nossa verdadeira essência,
de nossa humanidade, decência e sentimento de compaixão
Quanto tempo perdido com tamanha destruição!
Nos tornamos autômatos, inertes e sem coração
Robotizados estamos, prisioneiros do tempo
Vivemos nossa vida a esmo
Vivemos apenas para nós mesmos
e esquecemos o nosso irmão
Construímos nossa própria prisão
num castelo de ruínas
onde nos escondemos do mundo,
onde nos perdemos cada vez mais
num caminho sem volta
Nos protegemos uns dos outros
por medo da entrega
por medo da decepção
e cada vez mais nos fechamos
dentro de nós, em nosso esconderijo próprio,
onde nos sentimos protegidos
e livres de ameaças externas
E para onde vamos nós
Encarcerados em nosso próprio medo?
Quanto tempo mais aguentaremos esse isolamento?
Já paramos para pensar que o ser ao nosso lado
também sente o mesmo que nós?
Já ouvimos no outro a nossa própria voz?
No olhar desesperançado,
no semblante contraído,
na boca emudecida pelo silêncio,
ouvimos nosso próprio gemido?
Somos iguais, sentimentos e emoções
Então, porque não unirmos nossas vozes,
nos olharmos nos olhos,
compartilharmos nossas dores?
Ainda há tempo, quero acreditar
Se você também crê, vem...
me dê sua mão e vamos caminhar
Vamos nos unir e construir um mundo
onde seja permitido ao menos sonhar.
Ianê Mello
Labirintos da Alma
Iane Mello
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.