Há demónios que não deixam
Simples marcas numa alma.
Ficam, sorriem e na calma
Da noite, com fervor, nos esquartejam.
Há demónios que não sabem o que são
(Acreditam na sua angelicalidade),
Mas o certo é que connosco cresce a idade,
Só de alguns, porém, o coração.
E demónios não lhes chamo por acção,
Porque a acção na nossa vida é só metade.
O resto é... passividade
Que conduz este Planeta à escuridão!
Porém, os demónios não se fecham
Numa jaula, nem se acalma
A sua ira na deposição da palma.
Porque eles não morrem... onde quer que estejam...