Tento escrever sobre ti,
Para ti, talvez...
Sinto as palavras como folhas
Que caíram da árvore no Inverno
Lembro quando me escrevia
Na tua pele perfumada e macia
Ouvindo um poema
Nos rasgos da tua voz
Nesse papel rasgado
As frases ficam desconexas
E amortalhado
Sinto imagens complexas
Digo agora o poema
Que gravaste no meu peito
Rasgando o papel e a pena
Com ele me delicio e deito
Delfim Peixoto © ®