Sou o que fui
Sou passado do que serei
Um viajante fluido,
Perdido na coesão da matéria
De quem se faz numa nau
E acende a luz num barquilho
Nesse mar imperceptível
Que esconde a noite
Nas volúpias das quentes correntes
De quem navega pela interioridade
E procura na solidão
O cobertor que aquece
E o pensamento quente de um chá