Eu sou vazio, eu sou cheio
Tudo aquilo que pensava ser
Simplesmente não sou
Estou á beira do abismo do universo
Se remo caio, se avanço vôo
Não choro, mas não canto
Sou feliz em minha tristeza
Sou companheiro da solidão
O dia é meu pai
A noite minha mãe
Meu horizonte é incerto
Me encontro no deserto
Não tenho mais amigos
Não tenho mais nome
Sou aquilo que não existe
Sigo jornada após jornada
Completo ciclo após ciclo
Mas adianta viver bastante
E ver tudo acabar ?
Adianta viver pouco
E nada ver acontecer ?
Onde está o sentimento ?
Onde está a razão ?
Tudo que me emodurou
Foi apena a saudade
A saudade de meu futuro
João Victtor
Edilley Possente
escrita pelo meu filho de 17 anos...João Victtor.