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JANELAS DE CUMBIRA

 

Eugénio Trigo

 
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TRIGO
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o pequeno Eufrates já arrumado nos teus olhos às vezes preso fica neste alfinete calmo que me fala de pianos bordados voltados para o mar
supus que ainda vinhas para dormires no junco que vai nascendo devagar junto ao sol
os teus olhos não conhecem ainda o rio que os orvalha
habituei-me a pôr-te o mar no dedo de quando em vez
queria que soubesses que ainda faço os pianos sem os espargos a tapá-los
Aleatórios
de passagem por Lisboa
Maria Fernanda
OS TEUS OLHOS
Consigo ver-te a bater nas estrelas: consigo. E, sobretudo, no açafrão que degela as vaginas longamente
os teus olhos são dois poentes que fazem um rio
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Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 30/12/2009 14:15  Atualizado: 30/12/2009 14:15
Membro de honra
Usuário desde: 14/05/2008
Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: JANELAS DE CUMBIRA
Sem mais sol, Poeta,
resta-me os dias cinzentos e a
chuva que não deixa de cair.
Deixo-te um abraço
Vóny Ferreira


Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 30/12/2009 18:33  Atualizado: 30/12/2009 18:33
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8112
 Re: JANELAS DE CUMBIRA
Talvez dessas janelas se avistem só ratos, causados pela miséria, e a esses homens ou ratos, mesmo de unhas gastas da luta, lhe deva ser mesmo tirado o chapéu...
Beijo

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