Dentro de mim há vento!
mendigo que é alma no posto,
peça de ciência que afaga o hino escarlate.
Cresce a tela e a teia
no moinho de vagas nuvens,
húmus abocanhado de lobos esfaimados.
Abre-se na terra escura
o horizonte de bancos,
monte ermo de lamentos
que é veludo fatal antes das preces.
Reconheçe na alma o instante
que dura o dia trespassado,
prelúdio que passou despercebido
no voo vazio do absurdo.
Eduarda